O que é o SMF e por que importa?
O Sistema de Medição e Faturamento (SMF) é a base técnica que garante a confiabilidade das transações no Mercado Livre de Energia (ACL). Trata-se de um conjunto de equipamentos e processos que medem, registram e enviam à CCEE os dados de consumo e geração de energia de cada unidade consumidora.
A adequação ao SMF é obrigatória para todos os agentes do ACL e vai muito além da instalação de medidores: envolve padronização, integração de dados e auditoria contínua. Sem essa estrutura, não há como assegurar transparência e previsibilidade no faturamento.
Como funciona o SMF
O SMF é composto por diversas partes:
- Medidores homologados e transformadores de corrente e potencial (TCs e TPs);
- Sistema de Coleta de Dados de Energia (SCDE), responsável por organizar e transmitir as informações à CCEE;
- Canais de comunicação seguros entre agentes, distribuidoras e a Câmara.
Existem três formas de coleta:
- Coleta ativa: o SCDE acessa diretamente os medidores.
- Coleta passiva: agentes enviam arquivos manualmente.
- Coleta integral: plataforma de integração automatizada que conecta diretamente com o sistema central.
Enquanto o SMF mede e registra, o SCDE organiza e transmite os dados de acordo com as regras da CCEE, garantindo rastreamento e confiabilidade.
Desafios da adequação
Adequar-se ao SMF não é trivial. Os principais desafios incluem:
- Diferenças nos requisitos das distribuidoras para pontos de medição.
- Prazo regulatório de até 180 dias após a denúncia para conclusão da adequação.
- Divergências entre dados de medição e de faturamento, que podem gerar disputas financeiras.
- Necessidade de integrar dados técnicos e comerciais em pipelines únicos e auditáveis.
Sem automação, o risco de falhas aumenta e os custos de operação escalam rapidamente.
Exigências regulatórias
A adequação ao SMF segue as normas da ANEEL e os Procedimentos de Comercialização da CCEE. Essas regras exigem:
- Relatórios consistentes de medição e faturamento.
- Evidências digitais para inspeções e auditorias.
- Segurança e rastreabilidade em todos os fluxos de dados.
Estar em conformidade não é apenas cumprir uma obrigação regulatória: é garantir competitividade e confiança junto a parceiros e clientes.
Dados – Da medição ao faturamento
Com IA e robots RPAs, é possível transformar dados de medição em processos de faturamento consistentes:
- Extração: ingestão automática de dados de medidores e arquivos SCDE.
- Transformação: normalização e validação de informações com regras de negócio.
- Carga: integração direta em sistemas de billing e auditoria.
- Reconciliação: comparação automática entre medição e faturas para identificar divergências.
Esse pipeline garante previsibilidade, redução de erros e confiabilidade regulatória.
Monitoramento e auditoria
Automação também significa monitoramento contínuo:
- Logs assinados digitalmente em cada etapa.
- Alertas em caso de falhas de medição ou comunicação.
- Dashboards de BI com KPIs como taxa de sucesso de coleta, divergências por UC e tempos médios de reconciliação.
Com isso, a comercializadora ganha não só conformidade com ANEEL e CCEE, mas também gestão proativa de riscos.
Conclusão
O SMF não é apenas uma exigência regulatória: é a espinha dorsal da confiabilidade no ACL. Comercializadoras que tratam a adequação como oportunidade — e não apenas obrigação — conseguem transformar a medição em diferencial competitivo.
Com QUIXOTIC, é possível automatizar todo o pipeline de medição e faturamento através da IA e RPAs, reduzindo riscos, assegurando conformidade e preparando a operação para crescer de forma segura e escalável.
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